As mãos cheias de espinho, que precisam repousar na água quente misturada com cachaça e vinagre, todo final de dia, são as mostras do sacrifício daquelas que elegeram a pesca como profissão. Mulheres atuando na pesca são tão raras que basta perguntar a pescadores do Sul de Santa Catarina sobre quem elas são e onde vivem, que respondem prontamente. Pudera. Dos 80 barcos na praia da Pinheira, por exemplo, só três mulheres estão cadastradas. Engana-se quem supõe que elas são coadjuvantes na lida. Há pescadoras como Tereza Norma da Silveira Silva, 48 anos, que não vai para o mar porque enjoa, mas é responsável pelos peixes pescados, da chegada à venda, ou como Lucenir Marques Gonçalves, 56, que pesca para comer.
Pescar, no feminino
Entre pescadores, mulheres são minoria e chamam atenção no Sul de Santa Catarina
Na Praia da Pinheira, apenas três mulheres estão cadastradas para a peca
Tríssia Ordovás Sartori
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