Há quatro anos, o número 1.925 da Rua dos Andradas, no centro de Santa Maria, é a representação física de uma memória que a cidade não queria ter: a morte de 242 pessoas que pereceram no incêndio da boate Kiss.
Familiares e amigos fazem vigília em frente a boate Kiss
O prédio onde funcionava a casa noturna carrega em suas paredes a expressão da dor e do sofrimento. A fachada tem o peso do luto e o esboço da tristeza e da revolta de pais, mães, irmãos e avós que enterraram filhos, irmãos e netos, mas não sepultaram a lembrança do que aconteceu ali.
É por meio de grafites, faixas e frases que eles se expressam. A calçada virou local de peregrinação, orações, lamentos e protestos. Mais do que uma ferida aberta, o edifício, na forma em que está – sombrio, silencioso, funesto –, é uma sombra que paira sobre a cidade e que Santa Maria não quer mais.Mas, então, o que a cidade quer para o local onde ocorreu a maior tragédia gaúcha?
O Diário ouviu 70 pessoas de diferentes áreas do conhecimento – autoridades, dirigentes, representantes de entidades, familiares, sobreviventes, pessoas nas ruas e internautas – entre os dias 5 e 13 de janeiro. Queríamos saber o que pensa a população e o que espera que seja feito na área onde, ainda hoje, fica o prédio que se incendiou. Como se imagina e como deve ser aquele lugar daqui a um ano ou dois é o que você confere nessa reportagem especial.
Clique na imagem abaixo para acessar a reportagem especial.
4 anos da tragédia
O que Santa Maria quer que seja feito com o prédio da Kiss
Diário de Santa Maria ouviu 60 moradores da cidade de diferentes áreas para saber qual o destino que o local deve ter
Lizie Antonello
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