Logo após serem notificados, os agentes penitenciários já estão recorrendo da decisão judicial que determinou o fim da greve da categoria e o retorno imediato dos trabalhos. A decisão do desembargador plantonista Ricardo Torres Hermann considerou a paralisação ilegal e reconheceu a gravidade dos fatos, já que o movimento poderia colocar em risco a integridade dos presos e dos próprios agentes.
O governo do Estado, ao entrar com a ação pedindo o fim da greve, alegou que rebeliões em presídios já causaram morte de quatro pessoas em Getúlio Vargas e mais 10 pessoas intoxicadas em Uruguaiana.
No entanto, em entrevista à Rádio Gaúcha na tarde de quarta-feira (21), o secretário de Segurança, Cezar Schirmer, descartou relação da paralisação com a morte dos presos. Foi justamente essa alegação utilizada pela defesa do Sindicato.
Por enquanto, a Amapergs vai cumprir a decisão judicial e retornar ao trabalho. "Vamos procurar vias alternativas para protestar dentro da legalidade", afirmou o presidente da entidade, Flávio Berneira.