A morte de um bebê de cinco meses em uma creche irregular no Lami, no Extremo-Sul de Porto Alegre, traz à tona uma das mais perigosas consequências da falta de vagas em creches públicas na Capital. Sem conseguir matricular os filhos na rede municipal ou conveniada e com a necessidade de trabalhar, mães encontram em locais improvisados uma alternativa de cuidado. Os dados mais recentes do Tribunal de Contas do Estado apontam um déficit de 13.942 vagas para crianças de zero a cinco anos na Capital, usando como base informações do IBGE e do DataSus.
Segundo a delegada titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Andrea Magno, que investiga o caso, a mulher cuidava de oito crianças com a ajuda da mãe – o Conselho Municipal de Educação indica que um adulto pode cuidar de até seis crianças de zero a dois anos. De acordo com o depoimento da cuidadora, a criança tomou um chá às 10h, foi colocada em um carrinho e quando a filha da cuidadora chegou em casa, às 13h, e foi brincar com o menino, percebeu que a criança não estava bem. Quando o Samu chegou ao local, já constatou que o bebê estava morto. O laudo do Departamento Médico Legal (DML) irá apontar a causa da morte.
Educação infantil
Morte de bebê em creche irregular alerta para problema de falta de vagas na rede pública da Capital
Sem conseguir colocação em escolas infantis da prefeitura ou conveniadas, mães deixam filhos com cuidadores informais. Na quarta-feira, bebê morreu em creche irregular no Bairro Lami
Jeniffer Gularte
Enviar emailRoberta Schuler
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