Um incêndio deixou sete mortos em um centro de reabilitação no Bairro Vila Pinho, em Arroio dos Ratos, na madrugada desta quinta-feira (21). As chamas começaram por volta de 1h no Centro Novos Horizontes, que fica na Rua Emílio Campos. Equipes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros de cidades vizinhas prestaram atendimento.
Das sete vítimas, seis morreram no local e uma em atendimento no hospital de Arroio dos Ratos. Seis morreram por inalar fumaça e uma foi carbonizada. Além disso, dois internos ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Um monitor foi levado ao Hospital Cristo Redentor.
Os mortos foram identificados como Gabriel Souza Rosa, Samir Prestes Ferreiro, Paulo Herivelto, Gustavo de Brito Fagundes, Elivelton Silva, Matheus Scheidt Petrich e Adriano de Souza Antunes de Souza.
As vítimas estavam em uma área gradeada e por isso não conseguiram sair após o início das chamas. Uma das suspeitas é de que o fogo tenha sido provocado pelos próprios internos, no entanto a perícia foi acionada e vai apontar as causas do incêndio.
Havia cerca de 40 pessoas no centro de reabilitação no momento do fogo. Os demais foram encaminhados à delegacia para prestar depoimento.
Quatro autuados
O delegado da cidade, Pedro Urdangarin, afirmou nesta manhã que pelo menos três pessoas foram autuadas em flagrante pelo incêndio - o coordenador, um supervisor e um monitor da clínica. Eles foram levados à delegacia da cidade.
Outras quatro pessoas são procuradas e também devem ser indiciadas. Entre elas está um diretor da clínica que chegou a ir foi até o local logo após o incêndio, mas foi agredido pelos internos e teve um dos vidros do carro quebrado. O homem deixou a região e ainda não foi localizado.
"Essas pessoas serão presas em flagrante e encaminhadas ao sistema penitenciário", disse o delegado.
Segundo ele, as autuações são por homicídio qualificado com dolo eventual e omissão de socorro. Os mortos estavam em um ala gradeada e não conseguiram sair. O delegado vai apurar os motivos do uso de cadeados nos quartos sem ter uma pessoa com as chaves no local.