Amigos e familiares compareceram ao velório da ex-ministra Luiza Barros na tarde desta quarta-feira, no Memorial da Assembleia Legislativa, no centro de Porto Alegre. Ela morreu na manhã de terça-feira, vítima de um câncer no pulmão. Emocionados, ativistas do movimento negro lembravam os momentos de militância e avaliavam o legado deixado pela ex-ministra, como a reflexão mais profunda sobre a condição racial no Brasil.
Amiga e atuante dos movimentos liderados por Luiza Barros, Reginete Bispo relembrou a vida acadêmica da pesquisadora e a implementação de políticas sociais enquanto ministra.
– Pra nós, a Luiza Bairros era a maior referência da luta racial no Brasil e, quiçá, nas Américas. Foi uma mulher que dedicou a vida acadêmica e militante em prol da equidade de gênero e de raça. Enquanto socióloga, produziu muita reflexão sobre a condição do negro no país. Foi na gestão dela que se implementou as cotas no serviço público federal – avaliou Reginete. – Ela era fantástica. Além de ser militante, conhecer a vida do povo e dos mais humildes, era uma doutora que estudou, estudou profundamente. Também era muito franca. E muito dura quando tinha que ser – completou a amiga.
Luto
Amigos ressaltam legado de Luiza Barros na luta racial
Vítima de um câncer no pulmão, ex-ministra é velada no Memorial do Legislativo, no centro de Porto Alegre
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