Não durou um mês a nova pintura do prédio histórico da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A fachada foi tomada por pichações na terça-feira (21). A restauração custou R$ 20 mil. Câmeras de segurança foram instaladas há dois meses no local, mas não estão funcionando.
As mensagens têm cunho político e social. Na avaliação do diretor do curso, Alexandre Gastal, as transcrições refletem causas justas, mas causam antipatia pela estratégia utilizada. "Acho uma tristeza quem pensa que isso é fazer política. Não consigo conceber que faça parte da democracia danificar o patrimônio e botar dinheiro público para o ralo", lamenta.
Para tentar minimizar os danos, um grupo de estudantes montou um mutirão de limpeza. Mesmo que a ação não remova toda a sujeira, Gastal aposta na iniciativa. "Só o gesto demonstra simbolismo. É a esperança em meio a tanta frustração". Universitários seguem no trabalho com lava-jato e removedores de tinta nesta quarta-feira (22).
A sede do PSOL e o Altar da Pátria também foram pichados.