Pouco depois da 1h de domingo, o celular de Ronaldo Rodrigues Veiga Ferreira, 23 anos, tocou. Do outro lado da linha, uma pessoa dizia estar precisando de uma ajuda.
O relato é do pai de Ronaldo, Gilmar Ferreira, 53. Ele conta que, instantes depois, o filho deixou a casa, na Vila Maringá, e partiu em direção à Rua Hilda Berleze, a poucos metros dali. Foi quando teria sido surpreendido por, pelo menos, três homens que insistiram que ele entrasse em um carro, que estava parado, mas com o motor ligado.
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Com a negativa de Ronaldo, um dos homens disparou sete vezes contra o jovem. Cinco tiros o atingiram nas costas. Outros dois foram efetuados na cabeça da vítima quando ela já estava caída na via de chão batido, quase em frente da Escola Municipal de Ensino Fundamental Diácono João Luiz Pozzobon. No local, na tarde deste domingo, ainda era possível ver as marcas do crime que vitimou o jovem, que era tido como uma pessoa alegre e de convívio tranquilo, além de trabalhador. Com essa morte, Santa Maria chega a 23 assassinatos neste ano.
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Uma pessoa que mora na rua, e que pediu para não ser identificada, contou à reportagem que o jovem ainda conversou com os homens e demonstrava conhecer, ao menos, um deles:
_ Era quase 1h30min, quando eu o ouvi (a vítima) falar com um desses homens. Depois, vieram os disparos.
Tão logo soube que o filho havia sido baleado, o pai correu em direção à rua do crime.
_ Eu cheguei lá e o meu menino estava caído no chão e ele me disse quem atirou nele. Foi encomendado, uma emboscada _ afirma Gilmar Ferreira.
O pai da vítima diz ainda, mesmo sem dar detalhes, que uma desavença familiar pode ter sido o estopim para a morte do filho mais novo.
Trabalho e lazer
O pai recorda que Ronaldo trabalhava com ele na construção civil, havia três anos. Quando não estava trabalhando, o jovem gostava de festas e também de pescar com amigos e familiares próximos.
_ Ele não era do futebol, era de curtir a vida _ diz o pai.
Ronaldo era filho de Gilmar e Ana Margarida Veiga, 45 anos, e tinha três irmãos: Leodomar, 27, Graziele, 28, e, Valquiria, 31. Ele foi enterrado neste domingo, no Cemitério São José, no Km 3.
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