A vizinha e amiga da família do menino de 10 anos morto por policiais militares na última quinta-feira, em São Paulo, diz que a versão oficial da história - que diz que a criança e um colega de 11 anos atiraram contra os policiais depois de furtar um carro - está mal contada.
– Se ele estivesse armado, renderia a mulher do prédio – diz Sidinai Santos Batista, que participa do velório do jovem no Cemitério São Luís neste sábado, 4, na zona sul da capital. – Foi uma covardia o que fizeram. Essa história está muito mal contada.
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Ela disse ainda que o menino nunca teve acesso a armas.
– Vi ele crescendo. Era uma criança normal, como todas as outras. Estudava, jogava futebol, ficava brincando. Não dá para entender essa situação.
A mulher avaliou que o fim trágico do menino aconteceu por causa das más influências.
– A família lutou para esse menino não dar trabalho, mas infelizmente ele não quis. Andou com as pessoas erradas e acabou no que acabou. Ele estudava, estava na quarta serie. Engraxava sapatos no Aeroporto de Congonhas para levar uns trocados para casa – disse.