A Brigada Militar de Santa Maria aguarda autorização do Comando Geral em Porto Alegre para cumprir reintegração de posse, juntamente com oficial de justiça, em um terreno particular ocupado por mais de mil pessoas no Parque Pinheiro Machado. Esta sexta-feira (17) é o último dia para que os manifestantes saiam do local, mas, segundo a polícia, eles devem permanecer por lá. O terreno de cerca de 15 hectares está ocupado há mais de duas semanas.
Famílias protestam no espaço, afirmando que pagaram por terrenos antigamente e ainda não receberam. Há também manifestantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia e moradores que não foram contemplados no programa Minha Casa, Minha Vida. A decisão da 4ª Vara Cível de Santa Maria, que determinou reintegração de posse, autoriza o uso da força policial. O espaço fica próximo ao loteamento Cipriano da Rocha e ao Hospital Regional.
O major Edir Paulo Garcia, chefe de operações e treinamento na região, afirma que muitas das cerca de 300 famílias, entre adultos e crianças, já estão saindo. No entanto, enquanto algumas saem, outras chegam, até porque há movimentos organizados. O levantamento feito pelo setor de inteligência foi enviado para o Comando no RS e, assim que for aprovado, a polícia deve auxiliar na reintegração, juntamente com um oficial de justiça.
O terreno pertence a uma família que tinha contrato de compra e venda com uma empresa de Santa Maria. No local, seria feito um loteamento. No entanto, segundo o advogado da família, Wilson Cardoso de Souza, depois que o proprietário da empresa morreu, não foi dado andamento ao projeto e foi travada uma batalha judicial pela posse.