A Suprema Corte da Costa do Marfim rejeitou, nesta quinta-feira, o recurso apresentado pela ex-primeira-dama marfinense Simone Gbagbo, tornando definitiva sua condenação a 20 anos de prisão por atentar contra a Segurança Nacional - anunciou um de seus advogados.
O advogado Rodrigue Dadjé criticou a "decisão política" e considerou que "há argumentos jurídicos suficientes para anular a condenação".
Mulher do ex-presidente Laurent Gbagbo e atualmente detida em Abidjan, Simone foi condenada em 10 de março de 2015 a 20 anos de reclusão por "atentado à Segurança Nacional". A pena aplicada foi o dobro da que havia sido pedida pelo Ministério Público.
Ela foi julgada com outros 78 acusados por seu papel na crise deflagrad com a recusa do ex-presidente Laurent Gbagbo de reconhecer a vitória de Alassane Ouattara à Presidência, em novembro de 2010.
A onda de violência que marcou a crise pós-eleitoral de 2010-2011 deixou mais de 3.000 mortos em cinco meses.
Michel Gbagbo, o filho do ex-presidente de um primeiro casamento com uma francesa, foi condenado a passar cinco anos atrás das grades.
Atualmente sendo julgado na Corte Penal Internacional de Haia, Laurent Gbagbo também deve comparecer à Justiça, em 31 de maio, em Abidjan, em um processo por crimes contra a humanidade durante a crise pós-eleitoral.
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