O Parlamento islandês rejeitou, nesta sexta-feira, uma moção de censura da oposição contra o novo governo, graças à maioria conservadora que apoiou o Executivo, fragilizado pelos vazamentos dos "Panama Papers".
O escândalo levou à renúncia do premiê Sigmundur David Gunnlaugsson.
A moção foi rejeitada por 38 votos contra e 25 a favor, depois de um longo dia de debates.
Outra moção, que pedia a dissolução imediata do Parlamento e a realização de eleições em maio, ou junho, também foi rejeitada por 37 votos contra 26.
O resultado não deixou dúvida: a maioria concordou em apoiar o governo até as eleições, previstas para o segundo semestre.
Gunnlaugsson foi o primeiro dirigente no mundo vítima do escândalo dos "Panama Papers", entregando o cargo a Sigurdur Ingi Johansson, que vai garantir a transição política.
Os ministros mantiveram suas pastas, à exceção do Ministério das Relações Exteriores, nas mãos de uma nova ministra.
Os islandeses não escondem sua insatisfação com o novo governo. Hoje, aconteceu a quinta manifestação consecutiva na frente do Parlamento de Reykjavik, para que o governo renuncie e convoque novas eleições.
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