A Ferrari, derrotada em Melbourne na primeira corrida da nova temporada da Fórmula 1, tentará se recuperar no segundo Grande Prêmio do ano, neste fim de semana no Bahrein, contra uma Mercedes que fez 'dobradinha' na Austrália com Nico Rosberg e Lewis Hamitlon, atual campeão do mundo.
Neste ano, o objetivo da Ferrari é não deixar a Mercedes dominar completamente a temporada, como aconteceu na temporada passada, e, para isso, deposita todas as fichas no alemão Sebastian Vettel, que completou o pódio em Melbourne.
Quem não participará da corrida de domingo é o espanhol da McLaren Fernando Alonso, piloto que mais vezes venceu no Bahrein (2005, 2006, 2010).
O piloto espanhol não recebeu nesta quinta-feira o aval médico da Federação Internacional do Automóvel (FIA), após o espetacular acidente em Melbourne, e terá que esperar novos exames físicos.
Em seu lugar, a McLaren promoverá o piloto de testes belga Stoffel Vandoorne, atual campeão da categoria GP2.
- Os outros aspirantes -
Por enquanto, o homem a derrotar é Rosberg. Levando em consideração os últimos três GPs de 2015, o alemão da Mercedes venceu quatro provas seguidas.
Além do duelo entre as escuderias favoritas, outras equipes tentarão confirmar as boas atuações na Austrália: os estreantes americanos da Haas, os jovens da Toro Rosso Max Verstappen e Carlos Sainz Jr e a Renault Sport F1 (ex-Lotus), que terminou na zona de pontuação.
A temporada da F1 acaba de começar e as polêmicas já surgem.
Depois da corrida de Melbourne, a Associação de Pilotos de Grande Prêmios (GPDA) publicou uma carta aberta criticando os dirigentes da F1.
"A Fórmula 1 atravessa atualmente uma época global difícil, devido às mudanças rápidas nos costumes dos consumidores e na paisagem midiática e televisiva", explicou, condenando as reformas "perturbadoras" introduzidas recentemente, que colocam em risco o "crescimento futuro" da categoria.
- Novo formato polêmico -
Os pilotos se queixaram principalmente do novo sistema de classificação, com eliminações diretas. Nesse formato, os pilotos mais lentos são eliminados uns após os outros a cada 90 segundos e os espectadores que pagaram para assistir o treino classificatório presenciam um circuito vazio nos últimos minutos.
Os principais nomes da F1 criticaram o novo formato, que eles mesmos decidiriam e votaram.
Pensava-se que o novo formato poderia ser deixado de lado no Bahrein, após uma reunião de emergência em Melbourne, mas finalmente optou-se por dar outra chance ao sistema polêmico.
Toto Wolff, diretor da Mercedes, atual bicampeã mundial, já profetizou que os treinos classificatórios de Sakhir serão tão decepcionantes quanto Melbourne, enquanto seu conselheiro Niki Lauda chamou-os de "sem sentindo".
"Vamos ver isso com tranquilidade depois do Bahrein", prometeu Bernie Ecclestone, de 85 anos e chefão da F1.
O GP deste domingo será realizado em meio a um momento político tenso no Bahrein.
Quatro pessoas foram condenadas na terça-feira à prisão perpétua e outras seis a penas de entre três e quinze anos de prisão por ataques à polícia em manifestações xiitas no país.
Em 2011, o GP do Bahrein foi suspenso devido à revolta popular no país, durante a chamada 'Primavera Árabe'.
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