A tarde de ontem foi de orientação e qualificação aos produtores e feirantes que trabalham nas feiras ao ar livre de Santa Maria. O encontro, realizado na prefeitura, reuniu cerca de 90 pessoas. Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, o espaço serviu para orientar os feirantes sobre as formas mais adequadas de comercializar os produtos no espaço público. Além disso, práticas corretas de higienização pessoal, contaminações de alimentos e fiscalização foram trabalhados.
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– Nossa ideia com essa reunião era explicar aos feirantes o que pode e o que não pode ser comercializado. Eles precisam conhecer a legislação municipal, saber o que pode ser vendido, o que é preciso cuidar, como armazenar corretamente para o produto ser de qualidade. Queremos estimular que eles estejam adequados às normas, para serem cobrados por isso – ressalta Barreto.
E é justamente a possibilidade de escolher produtos frescos o que atrai os consumidores à feira. Há quem não troque a compra na rua pelas ofertas do supermercado. É o caso da professora Lúcia Druck, 65 anos, que, há 20, compra na feira da Rua Professor Teixeira.
– Sempre encontro mais variedades, os produtos são sempre novinhos. E têm os preços também, que geralmente são os mesmos – afirma a professora. Segundo os feirantes, os preços dos produtos não têm sofrido grandes variações, principalmente das verduras, que tiveram pouco ou nenhum reajuste nos últimos anos.
– Se a gente compra de fora, o preço acaba ficando mais caro, mas, quando é produção nossa, a gente procura segurar o preço – diz o feirante Claudio Dalla Porta. Segundo os comerciantes, o valor dos produtos está relacionado com o tempo. Conforme o feirante Paulo Sortica, mudanças bruscas impactam negativamente:– Se vem muita chuva ou uma seca, aí vai acabar aumentando.
Os preços do alface e do tempero verde
Na quinta, o Diário pesquisou o preço da alface e do tempero verde na feira da Rua Professor Teixeira. Nas oito bancas consultadas, o pé de alface variava entre R$ 1,25 e R$ 3. Já o maço do tempero verde custava de R$1 a R$1,50.
Apesar de os comerciantes não apontarem grande variação no preço da alface, segundo o economista Mateus Frozza, o produto aumentou 15% no último ano. O preço médio do alimento em 2015 era de R$ 1,74 e, em 2016, cresceu para R$ 2,01.– A inflação chega a todos, no supermercado e na feira.
O consumidor faz um rodízio na escolha da salada. Assim, acaba percebendo menos a variação. Mas ela existe, pois todo ano tem reajuste, se não é ligado ao campo, é ao transporte – afirma o economista.
Comércio ao ar livre
Feirantes de Santa Maria recebem qualificação
Prefeitura repassou orientações sobre comercialização e higiene de alimentos
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