Quem circula diariamente pelo Centro da Capital já deve ter percebido que está bem mais complicado caminhar pelas calçadas. Em pleno horário comercial, é preciso disputar espaço com ambulantes irregulares, que oferecem todos os tipos de produtos, desde tênis e bolsas falsificados, cigarros, DVDs piratas, passando por cadeados, panos de prato, fones de ouvido, brinquedos e até hortigranjeiros.
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O descontrole da ação dos populares caixinhas é percebido pela população e lojistas desde o fim do contrato entre a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) e a Brigada Militar, em outubro do ano passado. O Diário Gaúcho denuncia o problema há mais de uma década.
Enquanto os camelôs ilegais parecem se multiplicar a cada dia, desafiando as autoridades, a fiscalização é praticamente inexistente – atualmente, há apenas 35 fiscais para atender toda a Capital.
O Diário Gaúcho percorreu as vias de maior movimento da área central de Porto Alegre durante duas semanas e flagrou inúmeros ambulantes com suas mercadorias expostas de maneira improvisada sobre caixas de papelão, caixotes de madeira ou lonas estendidas no chão, obstruindo a passagem. No vaivém da multidão, a clientela experimenta produtos, negocia preços e mantém a cadeia da ilegalidade.
Calçadas tomadas
Comércio irregular
Ambulantes irregulares tomam conta das calçadas no Centro da Capital
Desde o fim do contrato firmado entre Smic e Brigada Militar, em outubro do ano passado, os populares "caixinhas" agem livremente nas vias de maior movimento da área central de Porto Alegre. Além de prejudicar a mobilidade e o comércio estabelecido, a prática favorece a ocorrência de furtos.
Roberta Schuler
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