
Alinhado com os partidos de oposição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vem discutindo a possibilidade de fazer a sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário em um domingo. A intenção é estimular a presença de manifestantes no gramado do Congresso para pressionar os deputados a votarem pelo afastamento da petista.
– É para o povo poder participar – resumiu um aliado do peemedebista.
Oficialmente, Cunha diz que ainda não escolheu a data da votação e que ela depende de uma série de fatores para ser definida. Se não houver judicialização, a expectativa é de que o processo de impeachment vá ao plenário em meados de abril.
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Outro ponto em discussão é a votação no plenário em si. Como se trata de chamada nominal, os parlamentares votarão de maneira aberta, ou seja, dirão sim ou não ao afastamento da petista no microfone.
Cunha já externou a líderes partidários que pode iniciar a chamada pelos deputados de Estados do Sul, onde há maior adesão ao impeachment, e finalizar com os parlamentares do Norte.
A oposição pretende lançar nas dependências da Casa um "placar do impeachment", com o acompanhamento cotidiano do posicionamento de cada parlamentar. Também foi acordado que haverá "coordenadores do impeachment" por Estado e por bancada, além de deputados escalados para rebater as ações dos governistas.