Presos desde o dia 19 de março, os quatro homens e as três mulheres que seriam integrantes da facção Bala na Cara, da Capital, têm um mesmo advogado. O defensor deles, Ricardo Zanon Kuiawinski, refuta todas as suspeitas da Polícia Civil e diz que seus clientes não fazem parte de nenhuma facção criminosa. Os sete foram presos na casa de parentes de Edson Marcos da Silva, o Tucano, no bairro Juscelino Kubitschek, na região oeste de Santa Maria. Tucano é parceiro de José Carlos dos Santos, o Seco, que seria integrante dos Bala na Cara e que teriam planos de dominar o tráfico de drogas em Santa Maria.
Polícia prende em Santa Maria sete suspeitos de integrar a facção Bala na Cara
- Até onde eu sei, eles não são membros de facção nenhuma. É normal a polícia produzir provas contra os investigados. Provavelmente, os policiais serão ouvidos como testemunhas e darão essas versões em juízo. Mas, a inocência deles vai ser provada em juízo - afirma Zanon.
Integrantes dos Bala na Cara mataram homem por disputa do tráfico em Santa Maria
Ainda de acordo com o advogado, seus clientes vieram para Santa Maria ainda no segundo semestre de 2015 em busca de emprego. Os quatro homens já estariam trabalhando, mas as sete mulheres, não.
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- Eles são de Porto Alegre e vieram para cá na busca de oportunidades e estavam trabalhando. Vou conseguir a carteira de trabalho deles e vamos provar isso - reforça.
Depois do Beco da Tela, facção Bala na Cara tenta se instalar na Região Oeste de Santa Maria
No momento da prisão, com o grupo, foram encontrados 800 gramas de cocaína, maconha e crack. Sobre isso, Zanon disse que também será provado em juízo que eles não portavam drogas. Alguns dos investigados também são suspeitos de um homicídio no bairro Nova Santa Marta, na Região Oeste, no dia 16 deste mês.
Seco prestará depoimento à Justiça em Santa Maria
Zanon diz que fará um pedido de liberdade provisória de seus clientes, e, se a solicitação for negada, ele tentará um habeas corpus.
Potencial de Santa Maria no tráfico atraiu Seco
O delegado Sandro Meinerz, que coordenou as investigações sobre os suspeitos serem traficantes, rebate:
- A alegação da defesa é natural ao tentar suavizar o lado do investigado. O nosso trabalho de investigação e inteligência policial acompanha a tentativa dessa facção criminosa se instalar em Santa Maria na pessoa do tucano desde o ano passado. Isso ficou evidenciado não só pelaS drogas encontradas com eles, mas também com a vinculação com o homicídio e pelo fato de eles estarem na casa de familiares do Tucano, com um carro roubado e clonado.
Polícia
Advogado diz que grupo preso em Santa Maria não faz parte dos Bala na Cara
Defensor das sete pessoas presas diz que elas estavam trabalhando na cidade
Naion Curcino
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