
Cerca de 55 milhões de eleitores iranianos vão às urnas nesta sexta-feira para eleger os 290 deputados do parlamento e os 88 membros da Assembleia dos Especialistas, religiosos que escolhem e podem demitir o guia supremo.
Leia mais:
Mais de 20% dos candidatos às legislativas do Irã se retiram da disputa
Irã realiza eleições vitais para prosseguir com sua abertura
Rohani espera vitória dos moderados em eleições no Irã
As duas instituições são atualmente dominadas pelos conservadores, mas o presidente Hassan Rohani espera que seus aliados moderados progridam nas eleições, as primeiras desde o acordo nuclear do Irã com as potências mundiais.
As eleições são um teste crucial sobre a influência do presidente, que luta para reconstruir a economia do Irã após o fim das sanções internacionais - suspensas depois que o acordo nuclear foi assinado.
O impasse nuclear durou 13 anos e levou a moeda iraniana, o rial, a se desvalorizar em dois terços, diminuindo o poder de compra dos cidadãos. A taxa de desemprego oficial é de 10%, mas entre os jovens sobe para os 25%.
O pleito deste ano tem 6 mil candidatos a um mandato de quatro anos no Parlamento, incluindo cerca de 600 mulheres. Já para integrar a Assembleia de Especialistas, durante oito anos, são 161 candidatos clérigos, todos homens.
Para obter um assento no Parlamento, os candidatos tem de obter mais de 25% para serem eleitos no primeiro turno. Caso nenhum candidato obtenha, o pleito segue para segundo turno. A votação é em cédulas de papel e os eleitores têm de escrever o nome completo dos candidatos.
No total, 250 mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança das eleições. A previsão das autoridades é que os resultados da eleição, fora de Teerão, devem sair em um prazo de 24 horas. Já a contagem de votos na capital, com uma população de 12 milhões e que elege 30 deputados, deve demorar três dias.