O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Santa Maria teve três computadores furtados na madrugada do último sábado. Os criminosos arrombaram a porta da frente, que estava trancada com um cadeado, e levaram o equipamento de informática.
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Um deles continha o arquivo com três anos de dados de pacientes, o que prejudica os atendimentos na manhã desta segunda-feira. Servidores e pacientes temem pela falta de segurança do local.
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A reportagem esteve no local e conversou com três servidores, que preferiram não se identificar por receio de represálias por parte da administração pública.
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Conforme contou um deles, é a segunda vez em cerca de três meses que o local, que fica na Avenida Borges de Medeiros, bairro Nossa Senhora do Rosário, foi alvo de vandalismo. O local conta com alarme, mas se suspeita que os criminosos tenham desligado a chave geral para cometer o crime, o que prejudicou a atuação dos seguranças.
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- O prédio é antigo e as portas não são fortes. Da primeira vez, os criminosos entraram com a maior facilidade aqui e levaram um monitor. Daí, conseguimos que colocassem um cadeado na porta. Agora, vieram com mais violência e levaram três CPUs, uma delas com todos os dados dos pacientes, o que faz com que demorem mais os atendimentos - disse um dos servidores.
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O CEO atende, em média, 20 pessoas por dia nas áreas de prótese, periodontia e faz cirurgias de média complexidade. Há cinco profissionais atuando e que ameaçam, inclusive, paralisar atividades caso não sejam dadas melhores condições de segurança.
- É uma situação de insegurança. Assim como atuaram de madrugada, os criminosos podem entrar aqui durante o dia e nos render - conta outro servidor.
Além disso, como o muro que delimita a área do CEO é baixo, é comum que indigentes ocupem a área da frente, impedindo o acesso à casa. Houve uma situação onde um deles, acordado pelos servidores, se irritou e ameaçou agredi-los, o que exigiu chamar Guardas Municipais.
Conforme os servidores, já foi pedido à prefeitura grades com o objetivo de dar mais segurança tanto aos profissionais quanto aos pacientes.
O que diz a prefeitura
Conforme o superintendente em Saúde, Marcelo Dalla Corte, a administração pública tomou conhecimento do caso na manhã desta segunda. Ele afirma que solicitou o boletim de ocorrência policial e acionou a empresa de vigilância, a equipe de manutenção para ir ao local e a seguradora para ir ao local. Não há estimativa do prejuízo financeiro. O monitor, furtado na primeira vez, ainda não foi reposto.
Ele aponta que o local conta com equipamento de alarme e que foi providenciado um cadeado para trancar a porta, como disseram os servidores. Ele informa que há um projeto em tramitação junto à Caixa Econômica Federal, há cerca de um ano, para ampliação do CEO, no entanto, ainda, não há sinalização para que ele seja colocado em prática.
- No fim do ano passado, acredito, tanto o prédio do CEO quanto o da Escola Darcy Vargas, que fica do lado, passaram do Governo Federal para o municipal. Com isso, agora, é possível fazer projetos nesse sentido a partir do município - relata Dalla Corte.
Dalla Corte explica que a construção de um muro, como medida emergencial, "é uma ação mais complicada", pois "depende de engenheiros de outras áreas".
Nesse caso, é necessário o trabalho de um engenheiro da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e, antes, avaliação por parte da Caixa.