Sob o olhar do leitor, Diário percorre a rota dos buracos em Santa Maria

 A quantidade de ruas esburacadas continua sendo um pesadelo e o principal assunto entre moradores de diferentes bairros de Santa Maria. E o problema não se restringe à dificuldade de tráfego. Danos nos veículos, prejuízos financeiros e acidentes também são frequentes.

Na edição de fim de semana do Diário, foram mostradas várias vias com problemas. Na sexta feira, na página do Facebook do jornal, uma enquete pediu que os leitores relatassem locais precários. Em apenas 24 horas, foram contabilizados mais de 240 comentários, mais de 400 curtidas e pelo menos 40 compartilhamentos.

No sábado, a reportagem do Diário percorreu algumas das ruas mais citadas. A primeira parada foi na Rua Appel, no trecho entre a Olavo Bilac e Tuiuti, na região central. Buracos e pedras soltas ocupam uma grande extensão da via. O microempresário Otávio Pranke, 40 anos, que frequenta uma igreja localizada no trecho, relatou que o problema é extensivo a pedestres:

- Muitos dos que frequentam a igreja são idosos. Está cada vez mais perigoso eles atravessarem a rua. Eu estou sempre aqui, e como cidadão que pago meus impostos em dia, a situação é triste. A rua está sempre neste estado, prejudicando os pneus, a suspensão do carro, sem falar que deprecia o bem, no momento em que a gente precisa trocar.

Seguindo até o bairro Carolina, sinal vermelho para outras duas ruas. Na Fernandes Vieira, a queixa dos moradores é que o problema é antigo e nunca resolvido.

- Aqui, tem muito movimento de carro e ônibus. Mas, há anos, é sempre a mesma coisa. A prefeitura tapa o buraco e, em um mês, ele se abre de novo - lamenta o auxiliar de açougueiro Ozônio Dias da Silva, 49, morador do bairro há 10.
Perto dali, na Rua Amadeu Weimann, no local conhecido como "Túnel da Valdemar Rodrigues", a precariedade da rua aumenta a insegurança.

- Quem mora aqui sabe: não dá para parar no túnel à noite, porque é comum assaltarem. Mas com a rua deste jeito, não há o que fazer. Se passarmos rápido nesses buracos, o carro estraga - relata o enfermeiro Márcio Barcellos, 38.