Há mais 15 anos, Joca Farias se apresenta em bares tradicionais de Santa Maria

Nesta terça-feira, o Diário 2 começa a série Gente da Noite. Uma vez por semana, falaremos sobre músicos, donos de bares, seguranças - ou seja, aqueles que são protagonistas da vida noturna santa-mariense.

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Para começar, contamos a história de um músico que atua nos palcos da cidade há 15 anos. Joca Farias, como é conhecido, mudou-se de Rio Grande para o coração do Estado em 2000. No início, trabalhava como gerente na Rádio Atlântida. Aos poucos, ele foi se aventurando com seu violão pelas festas da empresa até chegar aos bares.

Joca acredita que já nasceu sabendo tocar violão. "Crença espírita", ele afirma. O artista ganhou seu primeiro instrumento aos seis anos. Na época, o músico não se interessou muito pelos acordes. Alguns anos depois, ao ver um amigo tocando, decidiu que era a hora de aprender. Começou se apresentando no coral da igreja e, aos 18 anos, montou a sua primeira banda.

- Mesmo sendo formado em administração, a música falou mais alto. Essa é uma das minhas duas paixões. A outra é cozinhar - conta Joca.

Então, em 2002, o artista começou a viver da música. A decisão de ficar em Santa Maria foi pela centralidade, o que facilita que ele se desloque para outras cidades para fazer shows. A escolha valeu a pena. Hoje, Joca faz cerca de 22 shows por mês em cidades como Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre e Passo Fundo. A vida de artista se divide entre o trabalho como assessor de informática.

O músico também se apresenta com a banda Agito Capilar, criada em 2005. Para ele, o grande momento da sua carreira foi um tributo à Mamonas Assassinas. Joca relembra que cerca de 600 pessoas não conseguiram assistir ao show, tamanha procura do público. A interação com a plateia foi emocionante.

- É difícil viver de música. Você tem que baixar a cabeça e trabalhar. No começo, fui a vários bares e fiz anotações do que os músicos tocavam. Pensei: "Eu tenho que saber 40% do que todos eles apresentam", porque nós tocamos dependendo da necessidade do bar, se é pop rock, MPB ou reggae - ele explica.