Um dia após ser atingida por um forte vendaval, ainda é possível ver as marcas dos estragos por todos os lados em Canoas, na Região Metropolitana. O clima é de reconstrução na cidade. Moradores varrem os pátios tomados por telhas, galhos de árvores e pedaços de zinco retorcidos. Outros sobem nos telhados, para tentar consertar o que o vento levou.
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Segundo a Defesa Civil, cerca de 400 casas foram destelhadas, mas ninguém precisou sair de casa. O órgão fez a distribuição de lonas aos atingidos e a partir de segunda-feira dará início ao levantamento nas residências que também precisarão de telhas.
Conforme o coordenador da Defesa Civil municipal, Gilmar Pedruzi, o fenômeno que atingiu a cidade já é tratado como um tornado pelas características.
"Foram dois bairros com estragos: São Luís e São José e apenas áreas isoladas em outros pontos. Ainda estamos fazendo balanço e não há definição se será necessário decretar situação de emergência", explica.
Na casa do seu Luiz Marin foi montado um mutirão na manhã deste sábado (19) para ajudar no reparo. O telhado foi todo levado pela força do vento e os móveis estragaram com a chuva.
"Parecia um cenário de filme americano. Eu vi as coisas voando para cima como se fosse papel. Tem telha da minha casa por cima de todos os telhados que tu imaginar", conta.
Olavo Fraga olhava com tristeza para a residência pela manhã. Ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido. O telhado voou por interiro. Ele, a mãe, de 84 anos, e uma sobrinha tiveram que se esconder embaixo de uma mesa.
"Foi tudo muito rápido. Foi derrubando tudo, se durasse mais 30 segundos não teria sobrado nada", relata. O aposentado estima prejuízo de R$ 300 mil com os estragos.
