Representantes dos dois Parlamentos líbios rivais assinarão em 16 de dezembro um acordo auspiciado pela ONU que prevê a formação de um governo de unidade nacional, afirmaram delegados de ambas as partes nesta sexta-feira.
"A assinatura do acordo político será realizada em 16 de dezembro", declarou à imprensa Salah al Majzun, do Parlamento de Trípoli. Um membro do Parlamento rival, em Tobruk (leste), Mohamed Shueib, confirmou esta informação.
"Faço um apelo aos meus colegas a que se unam neste diálogo entre líbios, sob a égide da ONU", acrescentou o representante do Parlamento, reconhecido como autoridade pela comunidade internacional.
Mohamed Shueib, do Parlamento rival sediado em Tobruk (leste) confirmou a informação.
"Após duros esforços (...), podemos anunciar ao nosso povo que decidimos superar este período difícil", disse o parlamentar da autoridade reconhecida internacionalmente.
Shueib fez um apelo para que o restante dos parlamentares se unisse a este esforço.
Do lado rival, outro vice-presidente do Parlamento de Trípoli, Awad Mohamed Abdul Sadiq, advertiu que "os participantes do diálogo (sob a égide da ONU) representam apenas a eles mesmos".
Abdul Sadiq tinha anunciado no domingo que representantes das duas facções tinham chegada a um acordo político, em outro diálogo que não contou com a participação da ONU.
Para alcançar este acordo paralelo, as duas partes tinham concordado em manter fora das negociações a ONU, que há meses tentava resolver a crise na Líbia, mas cujas ações são denunciadas uma "intromissão estrangeira" pelas facções mais extremas dos dois governos.
Desde a queda em 2011 do regime de Muanmar Kadhafi, propiciada por uma operação militar na qual participaram países como França, Estados Unidos e Grã-Bretanha, a Líbia está afundada no caos.
A comunidade internacional tenta conseguir em vão um acordo interlíbio para formar um único governo. Atualmente há dois Parlamentos: um em Trípoli e outro em Tobruk, reconhecido pela comunidade internacional e apoiado por combatentes.
* AFP