A presidente Dilma Rousseff anunciou, na tarde desta quinta-feira, que o Ibama vai multar a mineradora Samarco em R$ 250 milhões por uma série de infrações à legislação ambiental federal. Após sobrevoar a região de Mariana e Governador Valadares, em Minas Gerais, Dilma disse estar diante "talvez do maior desastre ambiental que afetou grandes regiões no país". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
A multa à mineradora, segundo a presidente, é preliminar e será por poluição dos rios, tornar área imprópria para a ocupação humana, interrupção no fornecimento de água a cidades, lançamento de resíduos em rios e lançamento de efluentes danosos à biodiversidade. Ela não descartou a aplicação futura de novas multas.
Vale e BHP foram displicentes e omissas, diz subprocuradora-geral da República
Bombeiros identificam sexta vítima do rompimento das barragens
A presidente chegou a Governador Valadares no início da tarde, após sobrevoar as regiões atingidas, e, ainda nesta quinta, iria para o Espírito Santo. Cidades capixabas devem sentir reflexos da lama que circula pelo Rio Doce.
- Esse comprometimento das barragens afetou o que mais lamentamos: vidas humanas. Mas também atingiu o patrimônio das pessoas, suas casas. É algo que faz doer o coração - disse.
Punição tem de ir além de multa, diz governador de Minas
Sobe para oito o número de mortos em tragédia em MG
A presidente informou que cobrará da Samarco maior apoio a planos emergenciais das cidades atingidas. Em Governador Valadares, a população está com torneiras secas desde a segunda passada, quando a captação no Rio Doce teve de ser interrompida. Uma solução temporária apontada por Dilma para a região é a implementação de adutoras de engate rápido, que permitiria levar água de rios de cidades próximas a Valadares.