Suspeito de ter matado jovem por engano é preso em Santa Maria

O suspeito de ter cometido o 43º homicídio do ano em Santa Maria está preso. Jorge Eduardo Souza Pires, 22 anos, se apresentou na tarde desta segunda-feira junto com o seu advogado, Sérgio dos Santos Lima, na 2ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, que investiga a morte de Victor Cassiano Pradebom Rossi, 20.

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O crime ocorreu no dia 26 de setembro, na Vila Alto da Boa Vista, no bairro Nova Santa Marta. O suspeito foi ouvido pelo delegado Marcelo Arigony e também foi reconhecido pelo funcionário do trailer de lanches, que seria o alvo do tiro. Pires foi preso preventivamente por 30 dias e encaminhado à Penitenciária Estadual de Santa Maria.

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O crime teria sido motivado por uma discussão entre os funcionários do trailer e o pai do suspeito, na noite anterior. No entanto, Pires nega que seja o autor e afirma que estava bem longe do local do fato.

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- Eu estava na casa da minha namorada e a câmera de segurança de um local mostra bem a hora que eu chego e que saio da casa dela. Não conheço essa gente e nem eles me conhecem. É complicado pagar por uma coisa sem ter feito nada - afirma Pires.

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O advogado do suspeito, Sérgio dos Santos Lima, afirma que vai apresentar provas e testemunhas que confirmam a versão do seu cliente.

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- Tem filmagens que mostram que ele estava na casa da namorada, vou trazer também o avô e a avó da namorada dele. Com as testemunhas ouvidas, acredito que seja quebrada essa tese, de que foi ele. Tenho uma prova técnica, mas, independente disso, vou ingressar com habeas corpus e pedir que ele responda em liberdade, já que ele se apresentou voluntariamente na delegacia - explica o advogado.

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Para o delegado Marcelo Arigony, não há dúvidas sobre a autoria do homicídio:

- Ele diz que não, mas ele foi reconhecido por fotografia e hoje pessoalmente. O advogado tem uma tese defensiva, mas a partir do que uma das vítimas nos disse, temos certeza. A prova principal já temos, que é o reconhecimento. Mas, vamos aguardar mais algumas oitivas para fazer o indiciamento - reforça o delegado.

A mãe de Victor, Sueli Pradebom, esteve na delegacia ocasionalmente para saber como estava a investigação no mesmo momento em que o suspeito estava sendo preso. Apesar da dor, ela comemorou a prisão.

- Graças a Deus. Foi uma fatalidade, o pobre do meu filho, um inocente, que só queria o bem, trabalhador, acabou pagando por uma coisa que não tinha nada a ver com ele. A dor fica para sempre, nada vai trazer ele de volta, mas essa prisão conforta, alivia um pouco - lastima a mãe.

Segundo o delegado Arigony, o suspeito deve ser indiciado por homicídio qualificado.