
Nesta terça-feira (27), a tragédia na boate Kiss completa 2 anos e 9 meses. Para marcar a data, familiares e amigos fazem série de homenagens ás vítimas do incêndio na casa noturna. As atividades são promovidas pelo movimento Santa Maria do Luto à Luta e pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Nesta manhã, os familiares trabalham na colocação de um novo painel na tenda da associação, que fica na Praça Saldanha Marinho, no centro do município. O painel contém fotos e nomes das vítimas. À tarde, a partir das 14h, eles fazem vigília, que segue até 19h.
Pouco antes das 19h, será realizado o tradicional minuto do barulho, quando os familiares batem palmas por um minuto. Depois, eles seguem para um culto religioso, às 20h, na Igreja Batista, em frente ao Colégio Manoel Ribas.
Mesmo com a intensificação da fiscalização e a conscientização após a tragédia, diversos prédios continuam sem alvará dos Bombeiros para funcionamento. Dos cerca de 300 prédios da UFSM, apenas cinco têm Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). Conforme o engenheiro Benoine Josué Poll, da Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra), o trabalho é demorado devido à complexidade das estruturas dos prédios. Além disso, ele aponta que as alterações feitas na Lei Kiss, desde que entrou em vigor, obrigaram as empresas contratadas para formular os projetos a fazer alterações nos que já tinham sido encaminhados. A UFSM afirma que deve gastar até R$ 300 milhões com projetos e adequações dos prédios.