O governo federal deve oficializar, nesta quarta-feira, um déficit primário de até R$ 50 bilhões nas contas públicas, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. O valor deve resultar, pelo segundo ano consecutivo, em um rombo no Orçamento da União.
O deputado Hugo Leal (PROS-RJ), relator no Congresso Nacional do projeto que pretende aplicar a mudança, disse que pretende apresentar nesta quarta-feira o relatório com a nova meta fiscal na Comissão Mista de Orçamento.
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Segundo Leal, ele aguarda apenas a definição do governo de qual valor será permitido gastar mais do que arrecadou, descontados os juros. Os técnicos do setor estariam trabalhando com um déficit entre R$ 20 bilhões e R$ 50 bilhões, o que corresponderia a algo entre -0,5% e -0,85% do PIB.
A decisão será tomada até quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, que voltará de uma viagem a Europa. Após, a mudança na meta fiscal terá de ser aprovada pelo Congresso. O governo espera aprovar isso até novembro, evitando questionamentos jurídicos em relação à presidente sobre a execução de seu Orçamento, que levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a rejeitar as contas do Executivo no ano passado.