Os taxistas de Canoas testarão por 60 dias o primeiro carro elétrico da cidade. Na manhã desta quarta-feira, o prefeito Jairo Jorge assinou um termo de cooperação com a fábrica chinesa BYD.
De acordo com a assessoria, o automóvel, chamado de E6, já faz parte das frotas de táxis de cidades como Campinas, Montevideo, Bogotá, Londres, Bruxelas, San Diego, Nova York, San Francisco e Chicago. Na cidade de Shenzhen, no sul da China, 100% da frota é composta por veículos elétricos.
Foto: Tony Capelão / Prefeitura de Canoas
Durante o período de testes, uma estação de abastecimento de 380v será instalada no município. Se aprovado, os taxistas de Canoas poderão adquirir o veículo a partir de um leasing operacional, que dura entre cinco e seis anos.
As parcelas do contrato correspondem aos custos de combustível e de manutenção que o profissional gasta mensalmente com o carro convencional.
- É um carro que economiza entre 85 e 90% do consumo energético. Um veículo tradicional gasta R$ 0,20 por quilômetro, com o elétrico, o custo cai para R$ 0,04 centavos. Se um taxista gasta R$ 3 mil por mês de gasolina, com a energia elétrica vai gastar em torno de R$ 300,00. Essa economia é suficiente para pagar o financiamento - afirmou o representante da BYD, Adalberto Maluf.
Foto: Tony Capelão / Prefeitura de Canoas
O presidente do Sinditaxi de Canoas, Sérgio Oliveira, diz que o custo-benefício pode valer a pena.
- Pode representar uma economia fundamental. Hoje, com o preço alto da gasolina, está muito difícil de trabalhar. Vamos conhecer melhor o carro agora com ele na rua, mas o que vimos hoje já nos surpreendeu.
Segundo o Detran, atualmente, 189 automóveis híbridos (gasolina e eletricidade) e quatro veículos elétricos circulam no Rio Grande do Sul.
O carro
O BYD E6 tem capacidade para seis passageiros e consegue rodar por 300 km com a carga da bateria completa (dura seis horas para reenergizar o veículo). A velocidade máxima é de 140 km/h, podendo atingir 60 km/h em 7,69 segundos.
A bateria é considerada de longa autonomia, o que é possibilitado por um sistema de frenagem regenerativa, que produz energia quando os freios são acionados. A bateria de fosfato de ferro dura de 30 a 40 anos, segundo o fabricante.
Quando completamente recarregado, ele pode servir por mais de cinco dias como uma fonte reserva de energia para uma residência que consome 12 kWh por dia.
Foto: Tony Capelão / Prefeitura de Canoas
* Diário Gaúcho