A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira dois inquéritos derivados da 17ª fase da operação Lava-Jato, denominada Pixuleco. Foram indiciadas 14 pessoas pelos crimes de formação de quadrilha, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Entre os apontados pela PF como autores dos delitos, está o ex-ministro José Dirceu, preso desde 3 de agosto no Paraná. Também consta entre os indiciados João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, outro que está detido em razão de desdobramentos da Lava-Jato.
Os relatórios confirmaram, segundo a investigação, que mais de R$ 59 milhões foram pagos em propina. Mas as autoridades estimam que a soma poderá ultrapassar os R$ 84 milhões.
A 17ª fase da operação Lava-Jato se concentrou na análise de pagamentos e recebimentos de propina decorrentes de contratos com o poder público. Entre as investigadas, estão a JD Consultoria, de Dirceu, e empreiteiras que prestam serviços à Petrobras. Segundo os apontamentos, a JD teria firmado contratos fictícios com as construtoras para receber recursos oriundos de propina.
Agora, os inqúeritos concluídos seguem para análise do Ministério Público Federal, que terá a função de analisar e decidir se faz o oferecimento de denúncia ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.