Pressionada pelos movimentos sociais, a presidente Dilma Rousseff estuda colocar uma mulher à frente do novo ministério da Cidadania. A pasta nascerá da fusão das secretarias de Direitos Humanos, Promoção da Igualdade Racial e Políticas para as Mulheres, além de parte da Secretaria-Geral. A favorita para assumir a estrutura é a deputada Moema Gramacho (PT-BA).
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Próxima do ministro Jaques Wagner (PT-BA), que trocará a Defesa pela Casa Civil, Moema foi chamada por Dilma para uma conversa na noite desta quarta-feira e pode confirmar sua entrada no primeiro escalão federal. A escolha pela parlamentar pode mudar o destino de Miguel Rossetto (PT-RS), que até então era o nome apontado para comandar a Cidadania. O gaúcho é o atual titular da Secretaria-Geral, que será fatiada na reforma administrativa.
Pepe Vargas deixa Secretaria de Direitos Humanos
Aliados de Rossetto tentam demover a presidente da ideia, porém a pressão dos movimentos sociais, em especial os ligados às mulheres, e da própria bancada do PT cresceu nos últimos dias. O entendimento de petistas é de que a Cidadania deve ter como ministro um militante dos direitos humanos, um negro ou uma mulher, já que a estrutura tratará dos temas que eram vinculados às secretarias que serão fundidas - neste movimento, o gaúcho Pepe Vargas (PT-RS) deixará os Direitos Humanos e voltará ao mandato de deputado federal.
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No governo, especula-se que Rossetto possa voltar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, implicando na saída de Patrus Ananias (PT-MG). Outra alternativa seria o gaúcho assumir um cargo de segundo escalão, como uma diretoria na Itaipu.