
Já estava previsto, há cerca de 15 dias, que a partir de setembro haveria um reajuste no preço do gás de cozinha. Esse aumento era consequência da alta salarial dos funcionários das companhias, que receberão 11% a mais neste mês. Já os consumidores teriam de arcar com 9% a mais ao comprar o botijão de 13kg, por conta disso.
Porém, na noite de ontem, a Petrobras quebro um jejum de 13 anos de congelamento dos preços do botijão residencial, o chamado P13, e reajustou os valores em 15% para todas as companhias.
Com isso, já a partir desta terça-feira, o consumidor está pagando 24% a mais pelo cilindro de gás de 13kg. A mudança repentina dos valores, que aumentaram até R$ 10 em Santa Maria, tem assustado consumidores.
_ Estamos chateados, porque as pessoas ligam para pedir gás e não entendem por que subiu tanto de repente _ lamenta o gerente da distribuidora Cia do Gás, da marca Ultragaz, Flávio Brondani.
No começo do seu governo, em 2002, o presidente Lula decidiu congelar os preços do botijão residencial. Desde então, a Petrobras não reajustou os cilindros de 13kg nenhuma vez. Todos os aumentos foram causadas por elevação de custos, como salários.
Já os cilindros industriais, de 45kg, usados em restaurantes e condomínios, não teve aumento.
Em Santa Maria, aumento é menor
Conforme levantamento feito no começo da tarde desta terça-feira em distribuidoras de Santa Maria, os revendedores ainda não repassaram todo o reajuste de 25% ao consumidor. Em média, os valores subiram 15,6% para quem compra diretamente na empresa, e 13,59% para telentrega.
Segundo o proprietário da Sulgás, Rodrigo Maduell, e Caroline Pistoia, da distribuidora Pistoia, as revendedoras da Liquigás só estão aplicando 17,5% de aumento, por enquanto. Mas até sexta-feira, deve vir mais reajuste, até fechar os 24,2% anunciados.