Foram mais de seis horas de interrogatório na 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa antes que um jovem de 24 anos, fosse levado, preso temporariamente, ao Presídio Central, na madrugada desta terça-feira. Procurado durante três dias, ele é apontado pela polícia até agora como o único suspeito pela chacina que vitimou Lauren Rosiane Farias Fim, 26 anos, Sandra Regina de Farias Fim, 64 anos, Vitória Regina Fim Rodrigues, 17 anos, e Gregory Fim da Silva, seis anos, na madrugada de sábado, no bairro Restinga, na Capital. O homem se apresentou à polícia com um advogado, e negou o crime.
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- Não demonstrou arrependimento e apresentou álibis que já começamos a checar. Muitos não se sustentam - afirma o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Paulo Grillo.
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As vítimas foram atingidas por diversas facadas e possivelmente com golpes de cacos de vidro de uma janela quebrada. Segundo o delegado, o suspeito se apresentou com muitos cortes nas mãos, que podem ter sido causados pelo vidro. O suspeito alegou que foram resultado de um acidente doméstico.
Trabalho para desfazer um álibi
Na casa da Alameda G, os peritos recolheram amostras de sangue e digitais que podem incriminar o assassino. Enquanto estes resultados são aguardados, de acordo com o delegado Adriano Melgaço, da 4ª DHPP, a investigação segue para determinar os passos do suspeito entre a noite de sexta e a manhã de sábado. A hipótese de um crime passional, motivado pela insatisfação com o fim de um namoro com Lauren, foi reforçada.
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O trabalho da polícia se dá em cima de um dos álibis, o que justificaria a sua ausência do local de crime, que seria sua permanência numa casa de prostituição no Centro. Os agentes apuraram que o lugar não funciona de madrugada. Na manhã de sábado, há o registro da chegada dele a um hotel no Centro, por volta das 7h. Teria permanecido até perto das 10h.