Um soldado da Polícia Militar foi preso nesta segunda-feira, suspeito de participar da chacina que matou 18 pessoas em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, em 13 de agosto, segundo informações do site G1 São Paulo. O policial de 30 anos prestava serviços administrativos no prédio das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e foi detido no prédio da Corregedoria da corporação. O nome dele não foi divulgado, de acordo com o site.
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A prisão administrativa foi decretada depois que a Corregedoria ouviu um sobrevivente da Rua Suzano, um dos locais onde aconteceram ataques em Osasco.
Segundo o depoimento, obtido pelo telejornal SP TV, da Rede Globo, "a testemunha narrou ter visto o rosto do seu agressor e, depois de observar fotografias apresentadas pelo DHPP, apontou, com clareza, o soldado como sendo autor de um dos disparos". O homem nega o crime e diz que estava com a namorada no horário da chacina.
A Corregedoria da Polícia Militar (PM) de São Paulo investiga 18 policiais militares pela chacina ocorrida no último dia 13 de agosto, em Osasco e Barueri, em São Paulo.
Dezoito pessoas foram mortas e seis ficaram feridas nas duas cidades. Entre os investigados, estariam 11 soldados, dois cabos e cinco sargentos da PM. O 19º investigado seria marido de uma policial.
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A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública divulgou nota após a divulgação das informações, mas não detalha as investigações. Conforme a reportagem do telejornal, testemunhas teriam dito que viram um carro da PM acompanhando o veículo prata identificado como o que estavam os atiradores.
A suspeita dos PMs nas mortes surgiu um dia depois à chacina. As mortes seriam uma vingança por causa da morte de um PM e de um guarda metropolitano na região no começo de agosto. Na sexta, a Organização dos Estados Americanos condenou a chacina e pediu punição dos responsáveis.
*Zero Hora e site G1