
Poucos dias depois do acidente sofrido pela bailarina Lucila Munaretto, 21 anos, em Vancouver, no Canadá, tanto a fatalidade quanto a campanha criada para ajudar a família da jovem viraram assunto em todo o Brasil. A quase uma semana da manhã em que Lucila foi atropelada por uma van quando andava de patins em uma avenida de Vancouver, telejornais e sites de notícias canadenses também tiveram suas atenções voltadas para o caso da menina que está mobilizando uma rede de solidariedade com a meta de arrecadar 100 mil dólares para sua recuperação.
Na manhã desta segunda-feira, Katie Bois, uma das professoras da Pacific Dance Arts - a instituição que oferece o programa de bolsas do Coastal City Ballet do qual Lucila participa - esteve ao vivo em rede nacional no programa CTV News para falar sobre o acidente e explicar como funciona a campanha, hospedada em um site de financiamento coletivo.
- Uma testemunha disse que ela perdeu o controle e falhou ao parar em um cruzamento. Ela colidiu com um carro que passava na avenida Londslade em Norte Vancouver. Deve ter sido um impacto muito forte, porque ela atravessou a janela do motorista e foi parar dentro do carro - disse Katie.
A professora comentou ainda o quanto foi impressionante a rapidez com que o dinheiro foi arrecadado para ajudar a mãe de Lucila a ir do Brasil para o Canadá, assim como a colaboração dos consulados da Argentina e do Canadá no Brasil.
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A âncora, Merella Fernandez, ainda comentou sobre a meta de 100 mil dólares e perguntou para onde irá o dinheiro. Katie explicou que, inicialmente, a campanha era para garantir que a família inteira poderia comprar as passagens para o Canadá, já que não havia ainda uma certeza se Lucila sobreviveria. Com os resultados positivos após as cirurgias e os testes feitos nos últimos dias, o site de financiamento coletivo ganhou outro objetivo: arcar com as despesas do tratamento, que não será coberto pelo plano de saúde básico da bailarina no Canadá.
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A edição local do CTV News em Vancouver já havia apresentado no domingo uma matéria falando sobre a situação de Lucila e entrevistando Florência, irmã de 18 anos da bailarina que está em Vancouver fazendo faculdade. Jornais como The Globe and Mail, Metro News, Huffington Post e The Vancouver Sun também publicaram matérias contando a história de Lucila.
Corrente do bem
Além da ajuda financeira, a família da bailarina - que é natural da Argentina, mas mudou para o Brasil em 2003, pouco antes de Lucila passar na seleção para a Escola Bolshoi de Joinville - também pode contar com apoio emocional e manifestações de atenção nestes dias de angústia. O acidente de Lucila ocorreu na manhã de quinta-feira e, na sexta-feira à noite, o site de financiamento coletivo já havia passado a meta inicial de 10 mil dólares.
Além disso, o consulado da Argentina em Florianópolis disponibilizou os passaportes rapidamente para que Alicia pudesse ir a São Paulo. Lá, ela ganhou carona até o consulado canadense, que abriu exclusivamente para ela no sábado e realizou o procedimento de visto em 20 minutos. O próprio cônsul do Canadá no Brasil a acompanhou até o avião.
A passagem até São Paulo foi paga por uma amiga da família, enquanto o diretor da companhia de Lucila fez o pagamento da passagem internacional.
- Tem um milhão de pessoas cuidando dela - reconheceu a mãe em entrevista feita pouco antes de começar a viagem - Agora, é só olhar para frente.
Como ajudar:
No Brasil:
Caixa Econômica Federal
Ag. 3299
CC 00006249-6
Operação 013
Alicia Mercedes Pekala
CPF 011.070.129-10
No Canadá:
Página de financiamento coletivo Support Lucila's Medical Recovery