Uma figura central das investigações em cooperação do Ministério Público Federal do Brasil com autoridades da Suíça é Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho. Os promotores suíços querem ouvir Silva Filho nas investigações que envolvem as offshores Smith & Nash Engeneering Company, aberta em Nassau, Arcadez Corp, de Belize, e Havinsur SA, de Montevidéu.
Essas três offshores estão no grupo de 10 empresas do tipo usadas pela Odebrecht, segundo apontam as investigações da Operação Lava-Jato, para pagar propinas a ex-diretores e gerentes da Petrobras.
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A Suíça pediu autorização para fazer diligências no Brasil no âmbito da investigação sobre corrupção e lavagem de dinheiro supostamente envolvendo a Odebrecht na Suíça.
O Ministério Público de Genebra quer ouvir extenso rol de investigados da Operação Lava-Jato, inclusive cinco ex-diretores da Petrobras, dos quais dois delatores, Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia).
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Os promotores suíços incluíram Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho no grupo de pessoas que pretendem ouvir. As autoridades suíças pedem também cópia de documentos que demonstrem o pagamento de valores entre as sociedades componentes do grupo Odebrecht e as empresas Smith & Nash Engineering Co. Inc., Arcadex Corp., Havinsur S/A, Golac Project and Construction Corp., Rodira Holdings Ltd e Sherkson.
O pedido de cooperação jurídica da Suíça chegou ao Brasil via Ministério da Justiça, informou o procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva, secretário de Cooperação Internacional em exercício da Procuradoria-Geral da República. Em ofício encaminhado ao procurador Daltan Dallagnol, que integra a força-tarefa da Lava-Jato, o secretário da Cooperação Internacional descreveu a pauta das autoridades de Genebra.
*Estadão Conteúdo