O Fundo Monetário Internacional (FMI) está disposto a ajudar a Grécia se receber um pedido, declarou nesta segunda-feira a diretora-geral do organismo, Christine Lagarde, um dia após a rejeição mediante um referendo do plano dos credores do país.
"Seguimos a situação de perto e permanecemos dispostos a ajudar a Grécia se nos pedirem", afirma Lagarde em um comunicado, no qual destaca ter tomado nota do resultado da consulta popular de domingo.
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No referendo de domingo, mais de 61% dos gregos rejeitaram as exigências dos credores do país de mais austeridade em troca de dinheiro, uma vitória para o governo do partido de extrema-esquerda Syriza, que assumiu o poder há cinco meses.
Todos os olhos estavam voltados nesta segunda-feira para o Banco Central Europeu (BCE), considerado por muitos a única instituição que pode conter o pânico dos mercados e evitar um colapso da economia grega.
No breve comunicado, Lagarde não explica quem deve apresentar formalmente o pedido de ajuda.
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Tradicionalmente o FMI fornece ajuda a pedido de Estados em grandes dificuldades financeiras. Mas a situação com a Grécia é singular: o país entrou em default em 30 de junho com o organismo e, portanto, o Fundo não pode entregar nenhuma assistência financeira até que Atenas pague a dívida de 1,5 bilhão de euros.
O FMI pediu aos gregos que adotem novas medidas de economia, mas também recomenda que os europeus façam um gesto para aliviar a grande dívida do país.
Segundo as estimativas do FMI, a Grécia necessitará de pelo menos 50 bilhões de euros nos próximos três anos, sendo 36 bilhões por parte dos europeus.
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FMI está disposto a ajudar Grécia se receber um pedido
Em breve comunicado, Lagarde não explica quem deve apresentar formalmente o pedido de ajuda
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