Não há mais espaço para escrever no quadro branco da parede do Centro Obstétrico do Husm. As enfermeiras e médicas desdobram-se como podem. Mas não existe como colocar nem sequer mais um "a" nas espremidas grafias. A capacidade é de nove leitos normais - 6 do pré-natal e 3 da observação. Na tarde de quarta-feira, 15 pacientes ocupavam leitos, macas e até cadeiras. E o pior está por vir. A demanda reprimida pela suspensão dos partos na Casa de Saúde ainda não havia chegado ao Husm. Com isso, o quadro geral do SUS em Santa Maria, que já era grave após a suspensão de atendimentos públicos do Hospital Alcides Brum desde a segunda-feira, ficou ainda mais delicado.
Ficou pior
Apesar da superlotação, Husm é o único hospital que está fazendo partos pelo SUS
Suspensão de partos na Casa de Saúde tornou situação crítica