Em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quinta-feira, o senador José Serra (PSDB-SP) disparou contra a presidente Dilma Rousseff, criticou a corrupção na Petrobras e afirmou que o mensalão tucano e as irregularidades apontadas na construção do metrô de São Paulo não existem:
- Os petistas é que ficam dizendo que o PSDB começou o mensalão. Mas não há nenhum processo de investigação. O que aconteceu em São Paulo? Nada. Pergunta pra Justiça. Tudo está sendo analisado pelos tribunais. Vai na Justiça ver se tem alguma coisa. Pergunta se tem algum processo em relação a mim ou ao governo. De que o PT vai falar? De ética? De desenvolvimento econômico? A situação está muito ruim. Pega a rejeição desse governo. Pergunte qual o partido mais corrupto do Brasil.
Serra considerou a crise política e econômica pela qual o Brasil passa como a maior de que se lembra. Citou que a Petrobras "mergulhou em uma crise tremenda, no limite da quebradeira". A culpa, reforça, é da presidente e do PT, que teria instituído a corrupção como "método de governo".
- A presidente Dilma está no centro disso e recebe uma rejeição muito grande. A maior parte das pessoas gostaria de se ver livre dela. A base de apoio dela no Congresso é frágil. O Congresso só está forte porque o governo está fraco. A situação está difícil - argumentou.
Mesmo com as críticas, Serra disse que o PSDB não defende a saída da presidente antes do fim do mandato. A posição foi sugerida em convenção do partido no último domingo.
- Eu acho que ninguém disse que ela não chegaria ao fim do mandato. Disseram que se acontecesse de ela não chegar ao fim, o PSDB deveria estar preparado. Depende de apurações de coisas que estão sendo investigadas. Se ela não permanecer, que se ofereça ao Brasil uma saída, envolvendo muitas forças políticas, para retomar o desenvolvimento - declarou.