
Após a reunião do governo estadual com demais poderes do Rio Grande do Sul, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, admitiu que o Estado deverá ampliar o atraso de repasses para garantir o pagamento dos salários dos servidores no mês de junho.
- Repetiremos os mesmos expedientes do mês passado e, obviamente, em função do déficit mensal, de mais de R$ 400 milhões que nos faltam no tesouro do Estado, obrigatória e forçosamente teremos de deixar de pagar outros compromissos, nas mais variadas áreas para garantir o pagamento da folha de junho em dia, como nos obrigam decisões judiciais - disse o secretário.
Além do atraso nos repasses, pela terceira vez consecutiva, a parcela da dívida com a União, de R$ 280 milhões, deixará de ser quitada dentro do prazo.
Segundo Feltes, além do passivo mensal, a arrecadação de ICMS está abaixo da inflação projetada para 2015. O secretário ainda afirmou que o Estado experimenta os "efeitos nefastos" da nova política econômica adotada pelo governo federal.
Sobre o encontro do governador Sartori com representantes dos demais poderes, nesta segunda-feira, Feltes afirmou que foi uma reunião para mostrar que todos os órgãos estão "solidários" e "corresponsáveis" na tentativa de buscar estratégias para driblar a crise.
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Sem falar de encaminhamentos efetivos que possam ter surgido na reunião, Feltes disse que outros encontros como o desta manhã podem ocorrer nos próximos dias.
- Foram três horas e meia absolutamente ricas do ponto de vista da discussão de alternativas. Me parece que novas reuniões como essa deverão acontecer.
Entre os presentes na reunião, realizada no Palácio do Piratini, estavam o vice-governador José Paulo Cairoli, os secretários da Casa Civil, Márcio Biolchi, e da Secretaria-Geral, Carlos Búrigo, o líder do governo na Assembleia, Alexandre Postal, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum.
Representaram os demais poderes o presidente do Tribunal de Justiça (TJRS), desembargador José Aquino Flôres de Camargo, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Cesar Miola, além de lideranças do Ministério Público e da Procuradoria-Geral do Estado.
* Zero Hora, com informações da Gaúcha