A extinção gradual da Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves para a criação de uma escola municipal de educação infantil (Emei) no mesmo prédio está gerando controvérsia em Cachoeirinha. Localizada na Vila Eunice, a Castro Alves atende a 200 alunos do segundo ao quinto anos.
Saiba o que fazer se faltar vaga para seu filho na escola
Em 2015, não foi aberta uma turma do primeiro ano para que uma turma da pré-escola passasse a funcionar. A troca ocorrerá até 2020, tendo em vista que, a cada ano, a escola perderá uma turma do ensino fundamental para ganhar uma de educação infantil. A mudança, porém, tem gerado reclamações entre os pais. No município, espalhou-se o boato de que a escola será extinta.
Transferência
A secretária de Educação de Cachoeirinha, Elisamara Roxo Ramos, frisa que, na prática, a escola não será fechada, mas que ocorrerá uma transferência de serviços prestados. Como opções, os alunos da Castro Alves têm a Escola Municipal Carlos Antonio Wilkens e a Escola Estadual de Ensino Médio Governador Roberto Silveira, ambas a menos de 1km da escola de origem.
- Sabemos que há vagas de primeiro ano nestas duas escolas - diz a secretária, argumentando ainda há quatro salas de aula vazias na Carlos Antonio Wilkens.
Em contrapartida, Elisamara alega que pelo menos 162 crianças entre zero e cinco anos dos bairros Jardim Mauá e Vila Eunice estão na fila para uma vaga em Emei.
A mudança feita pela prefeitura também leva em conta o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece que o acesso à educação infantil deve ser universalizado até o ano que vem para crianças de quatro e cinco anos.
- Somos obrigados a fazer estas adaptações - diz a secretária.
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Abaixo-assinado contra a decisão
A artesã Andréia Solange Costa de Oliveira, 44 anos, mãe de aluno do quarto ano e integrante do Conselho Escolar, não concorda com o fechamento do ensino fundamental na Escola Castro Alves. Ela afirma que confia nos professores e defende que a estrutura física da Castro Alves é melhor:
- Aqui, todos os alunos têm a mesma faixa etária e o atendimento é mais focado. Poderiam escolher outro lugar para fazer a Emei.
Segundo a diretora da Escola Castro Alves, Jaqueline Moraes, a proximidade que a escola tem com as famílias é um dos principais motivos que fazem os pais se mobilizarem contra o fechamento das séries do ensino fundamental.
Na tentativa de fazer a prefeitura mudar de ideia, Andréia está liderando um
abaixo-assinado que pretende reunir 5 mil assinaturas, das quais 2 mil já foram obtidas.
- Queremos provar que não é só o grupo escolar, mas o município que não quer que a escola acabe - afirma.
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Jeniffer Gularte
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