A primeira reintrodução oficial de macacos-prego no Rio Grande do Sul foi realizada sexta-feira na localidade de Banhado Grande, em Canela. Segundo o analista ambiental, médico veterinário e chefe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama-RS, Paulo Guilherme Carniel Wagner, a equipe estava apreensiva porque os animais tinham diferentes origens.
Alguns macacos viviam no mini-zoo do Parque da Redenção, em Porto Alegre. Outros tinham sequelas sofridas em apreensões ilegais, incluindo em filhotes, e uma fêmea que teve um dos membros amputados. Após meses de preparação, todos os macacos saíram espontaneamente da gaiola e subiram nas árvores nativas. Foram 15 dias de intensa preparação no local da soltura e de meses de monitoramento da fauna local.
Os macacos, que têm rádio-colar para emissão de sinal, serão monitorados inicialmente por três meses. Depois, o monitoramento será mais espaçado, a cada ano. O objetivo da soltura monitorada é criar protocolos para aumentar o sucesso de procedimentos semelhantes no futuro, principalmente com espécies ameaçadas de extinção. O mapeamento do novo habitat dos animais e a expectativa de serem aceitos no bando existente na região proporcionará informações técnicas para o município e entidades ambientalistas protegerem o corredor de biodiversidade do rio Caí.
Meio ambiente
Macacos-prego são reintroduzidos na mata nativa em Canela
Foram 15 dias de intensa preparação no local da soltura e de meses de monitoramento da fauna local
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