O Nepal tem pouco mais de 147 mil quilômetros quadrados de área. É menor do que o Ceará. A capital, Katmandu, tem 1,5 milhão de habitantes. Mesmo um país grande e rico teria dificuldades de lidar com um terremoto de 7,8 graus na escala Richter que deixa 3 mil mortos e 5,9 mil feridos e produz, em sequência, tremores de até 6,7 graus e avalanchas no próprio país e nos vizinhos Índia, Bangladesh, China e Paquistão.
No caso dessa república asiática, a capacidade de resposta é praticamente inexistente. Faltam equipes especializadas, helicópteros, médicos, remédios e até sacos para remoção de corpos. Além disso, os sobreviventes enfrentarão, nas próximas semanas, uma severa exposição a riscos de todo tipo, especialmente doenças.
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Por isso, o governo do Nepal fez um apelo indiscriminado por ajuda. Qualquer reforço é bem-vindo, seja de governos, agências humanitárias, corporações privadas ou cidadãos, sob a forma de dinheiro, voluntários ou até mesmo abstenção de envio de e-mails para não congestionar as redes.
A maior responsabilidade tem de recair nos dois gigantes vizinhos, a China e a Índia. O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou no domingo o envio de 65 técnicos especializados em operações de resgate. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, supervisiona pessoalmente o trabalho das equipes humanitárias. O Brasil, que nos últimos anos se orgulha de sua diplomacia "ativa e altiva", pode dar alguma contribuição, ainda que modesta em razão da distância. Afinal, entre os que necessitam de apoio, estão algumas dezenas de brasileiros.
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