Empresa trocou de ônibus antes do acidente

A empresa Costa Mar trocou no meio da viagem o ônibus que levava os passageiros antes do acidente na Serra Dona Francisca, em Joinville. Há relatos de familiares de que teria sido em razão de problemas mecânicos em Mafra (SC), mas funcionários da empresa disseram ao DC, em União da Vitória (PR), que a substituição foi porque o veículo que seguiu o destino tinha a capacidade maior de passageiros em relação ao primeiro ônibus.

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- Um motorista levou o segundo ônibus porque o pessoal levou mais que as 30 pessoas esperadas e esse que se acidentou cabia 50 - contou um outro motorista que trabalha na empresa, relatando que ocupantes de uma Van acabaram sendo acomodados no coletivo.

Familiares disseram que o motorista que seguiria a viagem se recusou a continuar porque o ônibus apresentava um defeito no cinto de segurança do condutor. A reportagem não conseguiu localizar esse motorista que desistiu da viagem. Essa versão também é conhecida de servidores da Prefeitura de União da Vitória.

O dono da Costa Mar, Cérgio Costa, foi quem acabou dirigindo o ônibus que se acidentou - ele e o filho morreram.

A empresa fica numa casa no bairro São Cristóvão, o mesmo em que moravam os integrantes do grupo de candomblé que a contratou para levá-los até Guaratuba (PR), onde participariam de um evento e aproveitariam os dias para curtir a praia.

Na casa havia uma faixa preta de luto neste domingo. A mulher do dono, Maria Gaias, passou o dia em Joinville no reconhecimento dos corpos. Além do marido, ela perdeu o filho de 12 anos na viagem.

"Ônibus era relíquia"

O ônibus acidentado era antigo, mas considerado uma relíquia, segundo disseram ao DC dois funcionários da empresa. Eles garantiram que o veículo estava em bom estado de conservação e que o dono tinha experiência.

Excursões ao Paraguai, ao parque Beto Carrero, ao santuário de Aparecida e ao litoral paranaense são alguns dos principais roteiros que a Costa Mar oferece aos clientes.

Os dois funcionários ouvidos pela reportagem comentaram que o dono estava empolgado porque aos poucos conseguia renovar a frota com ônibus novos. Um deles, localizado pelo DC no bairro São Cristóvão, tinha placas do Rio de Janeiro.