Com o reinício do trabalho de cravar as estacas dos blocos que farão parte dos pilares, na semana passada, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) garante que a nova ponte sobre o Guaíba será entregue no prazo: setembro de 2017. O órgão assegura ainda que, apesar do contingenciamento de recursos do orçamento da União em nome do ajuste fiscal, a obra está com a verba empenhada e não sofrerá com falta de dinheiro.
A previsão do Dnit é de que a colocação das estacas leve cerca de duas semanas. Depois, será feita a execução dos blocos dos pilares, o que deve durar mais um mês. "São vários estágios e todos estão em andamento e dentro das expectativas e atendendo ao cronograma", divulgou o departamento, em nota. A informação foi confirmada pelo consórcio construtor, formado por Queiroz Galvão e EGT Engenharia.
- Obras de restauração de rodovias e as que estão em andamento, como a duplicação da BR-116 e a nova ponte do Guaíba, não devem ter problemas de recursos - confirma Nelson Sperb Neto, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em geral no Estado (Sicepot).
Orçada em R$ 649,62 milhões e prometida há mais de quatro anos pela presidente Dilma Rousseff, a nova estrutura deu a largada nas obras em outubro do ano passado. A ponte é esperada para desafogar o tráfego entre boa parte do interior e da Capital devido ao esgotamento da estrutura atual, que constantemente precisa elevar o vão móvel e interromper o trânsito para a passagem de navios. Quando estiver pronta, a expectativa é que 50 mil veículos usem a nova ponte diariamente.
Enquanto a parte de engenharia avança, ainda é aguardada a remoção da população que vive em locais impactados pela obra. São 998 famílias de baixa renda ou que estão em áreas públicas que precisarão ser reassentadas e devem ser beneficiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida, além de 31 estabelecimentos comerciais. De acordo com o Dnit, "entre o final deste ano e início do próximo as primeiras famílias devem ser realocadas para as novas moradias".
Outra situação que pode causar atraso envolve desapropriações. Nesse caso, os proprietários serão indenizados pelo governo federal. Os imóveis estão sendo identificados e avaliados. O próximo passo será realizar as ações conciliatórias de desapropriação, com a ajuda da Justiça Federal. Ainda conforme o Dnit, como a construção da ponte começará pela água, há tempo para a remoção das famílias impactadas.
A obra
Extensão: 2,9 quilômetros
Extensão com acessos e elevados: 7,3 quilômetros
Volume de aço utilizado: 19 mil toneladas
Empregos na obra: 1,1 mil
Tráfego: 50 mil veículos por dia
Prazo de entrega: até setembro de 2017
Consórcio responsável: Queiroz Galvão e EGT Engenharia
Custo: R$ 649,62 milhões