Durou pouco mais de uma hora a reunião da direção executiva do PP gaúcho para discutir a situação de seis deputados da sigla que serão investigados por suposto recebimento de propina no esquema de corrupção de Petrobras.
Em entrevista coletiva, o presidente do PP, Celso Bernardi, saiu em defesa dos parlamentares. Ele ressaltou que nenhum deles está na condição de réu e que o foco no momento é trabalhar para comprovar a inocência das lideranças.
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Também foi declarado que os parlamentares abriram seus sigilos bancário, fiscal e telefônico para colaborar com as investigações. Apesar disso, foram feitas afirmações a respeito de um suposto interesse de inimigos políticos em prejudicar o partido.
- Me parece que colocaram o maior número de pessoas para amenizar a culpa de quem realmente recebeu - disse Renato Molling, um dos investigados.
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Todos os deputados negaram o recebimento de valores ou mesadas do esquema. Molling, no entanto, admitiu que recebeu, na campanha eleitoral de 2010, uma doação legal do diretório nacional do PP no valor de R$ 200 mil. Ele disse que desconhece a origem do dinheiro.
- Espero que seja de origem legal - disse.
Em 2010, a legislação permitia as doações ocultas, quando os repasses do diretório nacional a candidatos do partido não precisavam identificar a empresa doadora. Em 2014, a identificação passou a ser obrigatória.
*ZERO HORA