A Arxo _ produtora de equipamentos e armazenagem para transporte de combustíveis _ com sede em Balneário Piçarras, Litoral Norte de SC, tornou-se um dos principais alvos da nona fase da Operação Lava-Jato, como um "efeito colateral de outras investigações bem maiores em curso pela Polícia Federal". A informação foi repassada por um dos delegados da PF que participam da operação. Ele pediu para não ser identificado.
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O delegado não precisou a quanto tempo a Arxo está sendo investigada pela PF, mas garantiu que as apurações tiveram início recentemente. Ao ser questionado se a denúncia de que a empresa pagaria proprina para firmar contratos altos com a BR Distribuidora teria partido de uma ex-funcionária _ informação publicada pelo jornal O Estado de São Paulo _ ele limitou-se a dizer:
- Não posso expor as minhas fontes - sem confirmar ou negar a informação.
Conforme o delegado, foram apreendidos milhares de reais em um cofre e em um fundo falso descoberto na sede da Arxo.
- Todo o dinheiro apreendido foi lacrado e só será aberto nesta sexta-feira, quando será contado na Caixa Econômica Federal em Curitiba - disse.
::: Confira comunicado divulgado pela Arxo
Os policiais chegaram a Arxo por volta das 6h desta quinta-feira. Na equipe havia pelo menos três peritos em informática concentrados em extrair dos arquivos digitais da empresa informações que comprovem as suspeitas da PF.
O delegado também informou que das sete pessoas alvo de condução coercitiva _quando a pessoa é obrigada a acompanhar a polícia para prestar esclarecimentos, mas pode se reservar o direito de não falar_ seis são funcionários da Arxo e um é ex-funcionário.
Com exceção de um funcionário ouvido na sede da empresa em Piçarras, os demais foram trazidos à delegacia da PF em Itajaí para prestar depoimento entre a manhã e tarde desta quinta-feira. Acompanhados de advogados, todos foram liberados após prestar esclarecimentos. A PF não informou os nomes e cargos ocupados por eles na empresa.
- Depois vamos avaliar quais serão tratados pela investigação como testemunhas e colaboradores e quais serão investigados. Os que, por ventura, prestaram alguma informação falsa, se tornam investigados automaticamente - explicou o delegado.
Os fatos que marcaram a operação:
Lava-Jato em SC
"Arxo é efeito colateral de outras investigações bem maiores em curso pela Polícia Federal", disse delegado
Policial federal, que pediu para não ser identificado, contou que empresa começou a ser investigada na Lava-Jato recentemente
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