A sede do grupo de comunicação espanhol Prisa, em Madri, onde se encontra, entre outras, a redação do jornal El País, foi esvaziado nesta quarta-feira ao receber um pacote suspeito que provocou preocupação após o atentado em Paris.
Duas horas depois do atentado terrorista contra a revista francesa Charlie Hebdo, um homem se apresentou com um pacote que, segundo ele, continha cabos. Ante a entrega suspeita, a polícia esvaziou o prédio e chamou especialistas em bombas, segundo o diretor de comunicação de El País, Pedro Zuazua.
AO VIVO: Acompanhe as últimas informações sobre o ataque
Gilmar Fraga: a intolerância assassinou o humor
Leia todas as notícias sobre o ataque
Jornal dinamarquês reforçou a segurança
A segurança foi reforçada nesta quarta-feira em torno do jornal dinamarquês que publicou charges de Maomé, após o ataque mortal contra a revista francesa Charlie Hebdo, segundo um memorando na imprensa.
O jornal Jyllands-Posten informou aos seus funcionários que serão tomadas medidas adicionais para protegê-los, sem fornecer mais detalhes, segundo este documento publicado por outro meio de comunicação, Berlingske.
Diretor e três cartunistas estão entre os mortos no ataque à revista francesa
"Extrema barbárie", classifica Hollande. Líderes mundiais condenam atentado
- A vigilância e o nível de segurança dentro e ao redor de nosso escritório em Copenhague e Viby (sede do jornal) foram aumentados. Seguimos de perto a situação devido ao ataque contra Charlie Hebdo hoje (quarta-feira), que deixou 12 mortos - acrescentou a direção do jornal.
Ao ser contactada pela AFP, uma porta-voz do Jyllands-Posten, Christine Blach, negou-se a fazer qualquer comentário.
Imprensa mundial condena ataque contra Charlie Hebdo
Revista francesa já havia sido alvo de atentados
O Jyllands-Posten provocou polêmica ao publicar 12 charges do profeta do Islã em setembro de 2005, o que provocou manifestações violentas em vários países muçulmanos. Estes desenhos foram reproduzidos pela Charlie Hebdo meses mais tarde.
Kurt Westergaard, o autor das caricaturas mais controversas, escapou de uma tentativa de assassinato em sua casa em 2010.
Nesta quarta-feira, em declarações à rádio pública DR, o cartunista declarou estar comovido diante de um ataque chocante e horrível e revelou que goza de proteção policial que lhe permite "viver tranquilamente e com confiança".
* AFP
Depois do atentado na França
Prédio de jornal espanhol é esvaziado e jornal dinamarquês tem segurança reforçada
Ataque a revista Charlie Hebdo deixou 12 mortos nesta quarta-feira
GZH faz parte do The Trust Project