O laudo toxicológico realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) de Florianópolis apontou que o Policial Militar Luis Paulo Mota Brentano, 25, havia consumido quantidade significativa de álcool, mas nenhuma droga ilícita, no dia em que atirou no surfista Ricardo dos Santos, 24, na praia da Guarda do Embaú, na Grande Florianópolis. Ricardinho morreu em decorrência dos tiros nesta terça-feira, dia seguinte ao crime.
- Fica descartado o consumo de qualquer droga ilícita, pois teria sido acusado pelo exame. A quantidade de álcool detectada, no entanto, é bastante importante, e provavelmente foi consumida no dia do fato - Esclarece o diretor do IGP, Miguel Colzani.
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Segundo Colzani, o exame de sangue no suspeito foi realizado às 14h da segunda-feira, dia em que Ricardinho foi baleado, e foram detectados 13 dg/L (treze decigramas de álcool por litro de sangue).
Para efeito comparativo, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera uma pessoa embriagada quando o exame de sangue apresenta resultado igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L).
O IGP entregou o laudo toxicológico ao delegado Marcelo Arruda, responsável pela investigação do caso, na tarde desta quinta-feira. O laudo cadavérico foi concluído e enviado ao delegado pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta quarta-feira.
Os resultados mostram que as balas atingiram o surfista a partir da lateral esquerda do peito e pelas costas. Apesar da existência de três perfurações, dois projéteis atingiram Ricardo, sendo que um atravessou o corpo da vítima e foi encontrado pela Polícia Militar no local do crime e o outro ficou alojado na quinta vértebra de sua coluna, na região lombar.
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