O ataque à revista francesa Charlie Hebdo após a publicação de charque de líder do Estado Islâmico (IE) gerou repercussão no cenário internacional. Nesta quarta-feira, 12 pessoas morreram e pelo menos cinco ficaram feridas em invasão à sede da publicação por homens armados. Entre os mortos, estão o jornalista, cartunista e diretor do semanário, Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, e três cartunistas: Cabu, Wolinski e Tignous.
O presidente francês, François Hollande, deslocou-se ao local e denunciou um "ataque terrorista" de "extrema barbárie". Já a presidência dos Estados Unidos condenou "nos termos mais fortes" o atentado.
- Toda a Casa Branca está solidária com as famílias das pessoas mortas e feridas neste ataque - afirmou Josh Earnest, porta-voz do presidente americano, Barack Obama, à televisão MSNBC.
O porta-voz destacou que altos responsáveis da Casa Branca estão em contato direto com as autoridades francesas e que "os Estados Unidos estão prontos para colaborar com os franceses para os ajudar na investigação".
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também condenou o atentado, classificando o ato como um ataque à liberdade de imprensa e de expressão:
- Foi um crime horrível, injustificável e a sangue-frio. Também um ataque direto a um símbolo da democracia, à imprensa e à liberdade de expressão.
Marcelo Rech: mortos falam mais alto do que nunca
Semanário simboliza o melhor do humor francês
Em vídeo da Agência Premières Lignes é possível ouvir tiros, vozes e um grito "Allahu Akbar"
Leia todas as notícias sobre o ataque
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, classificou o atentado como "um ato intolerável, uma barbárie".
- Estou profundamente consternado com o ataque brutal e desumano contra a redação da Charlie Hebdo. É um ato intolerável, uma barbárie que questiona a todos nós como seres humanos e europeus - afirmou Juncker em comunicado.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reagiu com revolta à notícia e expressou solidariedade com a França na luta contra o terrorismo.
- Os assassinatos em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa - declarou Cameron em sua conta no Twitter.
A chefe do governo alemão, Angela Merkel, disse que o ataque é abominável.
- Um ataque que ninguém pode justificar contra a liberdade de imprensa e de opinião, um fundamento de nossa cultura livre e democrática - afirmou, também em comunicado.
A Espanha condenou "o ato terrorista vil e covarde" e defendeu a liberdade de imprensa como "um direito fundamental". A Espanha "defende nos termos mais fortes do que nunca a liberdade de imprensa como um direito fundamental e irrevogável", ressatou o governo espanhol.
Na sua conta no Twitter, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, escreveu: "a minha firme condenação do atentado terrorista em Paris e as minhas condolências e solidariedade ao povo francês pelas vítimas. Espanha com França".
A revista Charlie Hebdo, que já havia sido alvo de outros atentados, tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar charges do profeta Maomé, inicialmente divulgadas no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polêmica em vários países.
Charque de al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico (IE) representado em publicação recente da revista
Vídeo mostra terroristas executando policial na saída da sede:
Confira imagens do local do atentado:
* Zero Hora com agências