De tarde nos dias ímpares e pela manhã nos dias pares, a soldado da Brigada Militar Roberta Giacomini Caumo, 33 anos, passa quantidades industriais de protetor solar sobre a pele muito clara, herdada de antepassados italianos dos dois lados da família, prende o cabelo loiro em única trança firme, descendo pelo centro da nuca, coloca os óculos escuros para proteger os olhos azuis da luz intensa do sol litorâneo e pedala durante breves 10 minutos até a guarita número 130 de Imbé, no Litoral Norte, para assumir seu posto no interior da casinhola piramidal de nove metros quadrados que serve de base para ela e seu colega de turno. Se estiverem assumindo a escala da manhã, é bem possível que ambos precisem pedir emprestadas pás nos quiosques vizinhos para retocar o monte de areia à frente da guarita, que apara a queda durante um salto de emergência e que costuma estar bem menor na parte da manhã após virar o playground da criançada quando a guarita fecha e a bandeira é retirada.
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